O guardião dos tempos história.
O Guardião dos tempos.
O guerreiro que voltou do fundo do rio.
O guerreiro que voltou do fundo do rio.
Há muitos e muitos anos as
guerrilhas entre tribos e povos eram constante, o guerreiro do fundo do rio
vivia em uma cidade que era muito invejada e cobiçada por outras aldeias e povos
menos adiantados, Luzzillania, era uma cidade avançada, vivia a frente de seu
tempo, lá havia igualdade social, ali se dividia as tarefas tudo conforme as
aptidões, o chefe da nova nação emergente dirigia a cidade com amor, igualdade
e firmeza, e visava sempre o bem estar de seu povo, recebia visitas de outras
tribos e nações, era cordial, e pregava a paz, apesar de ser uma das cidades da
região mais desenvolvida não se preocupava muito com a defesa do seu território,
ou exércitos, Urubutá o rei, tinha um
belo filho, que tinha vinte oito anos e estava sendo preparado para seguir a
frente do governo de seu pai, seu nome Eufratt, um belo jovem justo, amigo e
também muito cobiçado pelas mulheres da cidade e vizinhanças, respeitado pelas
aldeias e povos mais adiantados, era justo, por isso era amado pelo povo,
Luzzilania era a cidade mais prospera da região, era banhada por rios e lagos
com farta pesca, fauna e flora, muito preservada,
os conselheiros e estudiosos da nação possuíam conhecimentos práticos das
ervas, chás, flora, fauna, e agricultura, sabiam preservar o meio ambiente para
que nada se esgotasse, por isso tinham fartura, e guardavam esses segredos de
épocas experiências adquirida com seus antepassados, a população vivia bem, não
haviam revoltas, fome, nem misérias, em quanto isso outros povos se preocupavam
mais com guerras, por isso treinavam seus exércitos para conquistar cidades e
destruir, enquanto Luzzilania vivia seu auge, a cidade também tinha belas praias, originárias do rio que fazia divisa e cruzava o centro principal,
também enfeitava a entrada da cidade que servia como lazer e cartão postal,
Luzzillania recebia visitantes de outras cidades que vinham para conhecer o
local pela sua beleza, quando as cheias chegavam o rio espalhavam o adubo
orgânico nas lavouras e assim as colheitas eram fartas, era um povo que
valorizava suas crenças, seus deuses, costumes e a democracia, até que um dia
começaram as ameaças, e depois as guerras, Luzzilania foi cobiçada pela sua posição estratégica, e seu
desenvolvimento social e econômico, tribos e cidades vizinhas se uniram e
iniciaram uma guerra, e aos pouco foram destruindo tudo, e depois de muitas
tentativas tomaram a cidade, implantaram ali um novo governo com taxas exorbitante
para os impostos, os conselheiros e ministros foram substituídos, parte da
população enfrentou a pobreza, o rei Urubatá acabou destituído pelo inimigo
junto com sua família, e desapareceu sem deixar vestígio, Eufratt o filho do
rei lutou até o fim, mais tarde foi capturado em uma emboscada nos arredores da
cidade, e depois de tudo jogado no fundo rio que banhava a cidade, levou
consigo seus sonhos, inconformidade, e a impotência de não poder fazer mais
nada, nem para ele e nem para seu povo, e assim se foi prematuramente e de maneira tão triste e
brutal, Eufratt fez sua morada nas profundeza do rio e lagos de Luzzilania,
ficaram suas viúvas tristes e inconsoláveis com a partida de Eufratt, mais
tarde dizem as lendas que sempre que os pescadores e barcos de transporte navegavam
o rio e o lago aparecia seguidamente um
jovem vestido de guerreiro nadando no rio, ou pairando sobre as águas, e
desaparecia misteriosamente, diziam ser Eufratt um guerreiro que há muitos e
muitos anos segundo histórias que foi passada de geração em geração teria
desaparecido no rio, depois de lutas com outras cidades para defender seu povo
e sua cidade, e que por nuca ter tido
sua paz espiritual, vivia ali a espera da libertação, e assim aconteceu: passou-se
muitos e muitas gerações, os governantes mudaram, revoltas existiram, mas a
cidade continuo crescendo a beira do rio magnífico, mas em uma certa época de
verão a filha do rei foi pescar, como fazia sempre, adorava pescar, muitas
vezes acompanhava seu pai nas pescarias de barco ou caminhando a beira do rio,
mas esse dia Uanna foi pescar sem seu pai, quando chegou a beira do rio colocou
a isca no anzol e lançou a espera no rio, prendeu o fio em um arbusto, e
continuo andando nos arredores, sentou-se sobre uma pedra e permaneceu mais
algum tempo ali, em seguida foi ver sua espera, tirou da água e nada tinha, sua
isca estava pela metade, então trocou de local, foi para outra área mais profunda do rio, lançou sua
espera , logo em seguida a linha puxou com muita força, era um peixe muito
grande, ficou assustada, pois o peixe se debatia muito, como tirar do anzol,
assim que foi possível ela libertou o peixe com facilidade e surpresa, e
voltou-se para o outro lado para chamar seu ajudante e acompanhante, gritou e
nada, ele havia se distanciado de Uanna, mas quando ela se volta para o peixe o
que vê é muito espantoso, é um lindo homem, vestido de guerreiro que lhe sorri
e disse: Eu sou Eufratt, não tenha medo, vivo aqui nas profundezas do rio há
muitos e muitos anos, jogaram me aqui injustamente após muitas lutas em minha
cidade, e a partir de agora você me libertou, venho para fazer justiça e
libertar os que injustamente sofrem ou são perseguido pelo mal, serei em breve
um guardião do bem, mas preciso ir a sua casa por uma semana como hospede,
depois partirei para sempre, pois fui liberado por um tempo determinado para
que possa me libertar deste mundo e voltar em paz, Uanna logo perdeu o medo
inexplicavelmente e encantada com o jovem respondeu - Vou fazer o que me pedes,
mas porque isso se você não é real?, Eufratt responde - eu precisava voltar
aqui, rever minha cidade, ser libertado do mal que me aprisionou e assim poder
partir em paz, fazer justiça, ajudar os que precisam, deram me essa permissão
por uma semana somente, depois partirei e nunca mais voltarei, assim Uanna foi
convencida, arrumou um aposento na casa real, Eufratt ficou uma semana para
rever aquela que há muitos nos fora sua cidade e foi tomada a força, andou pelo
rio pelas florestas, pela praias originárias do rio e lagos, visitou todos os
locais que esteve em vida, sempre em companhia de Uanna uma bela princesa de
personalidade forte, verdadeira, e solidária com o povo, Eufratt viveu todas as
emoções possíveis nesse curto tempo em companhia da bela princesa, depois se
despediu de Uanna a beira do rio e
disse: Sentirei saudades, vim autorizado pelos guardiões do bem, tenho que
cumprir, agora serei um novo guardião para a humanidade, estou feliz, mas não
esqueça que existem os guardiões do mal, também eles podem vir para destruir em
qualquer tempo, fazer mal, mas haverá sempre o bem para combater e ajudar,
depois se despede da princesa, um beijo, e se afasta, caminha em direção ao rio
e desaparece novamente no fundo das águas profundas do rio de onde veio, Uanna
ficou triste, mas entendeu que tinha que ser assim, Eufratt não tinha suportado
as perdas e aprisionado no fundo do rio seu espírito viveu por muitos e muitos
anos, inconformado com as perdas na existência
e injustiças que sofrera, sentia a necessidade da voltar, queria sentir e rever
o que perdeu na vida, para se desapegar e viver a espiritualidade em paz nos
tempos, como era merecedor por ter feito o bem na terra, então foi autorizado
pelos guardiões superiores a voltar, e viver o tempo que havia sido dado pelos seus
superiores, depois voltar na condição de espírito que veio, em troca depois sua missão seria ajudar
os que precisam, os que são injustiçados, mostrar a verdade, e castigar os
maldosos, Eufratt voltou de forma mágica, só a princesa podia estar e ter
contato com ele, as outras pessoas que conviviam com a princesa na cidade e no
reino nunca viram nada, somente Uanna poderia ver e sentir, então o libertou
das águas, o sentiu como mortal, e depois Eufratt partiu como espírito
novamente, depois disso a princesa sempre ia jogar flores no rio em
demonstração de amor e saudade ao guerreiro do fundo do rio, mais tarde se
casou com outro e foi morar em um novo
reino, ficaram as lembranças experiências vividas, e Eufratt nunca mais apareceu para os
pescadores e barcos que circulavam pelo rio e lagos da cidade.
Em construção.
Em construção.